terça-feira, 25 de junho de 2013

O valor do trabalho

Duas historinhas sobre o valor do trabalho:

Em 1877 o pintor James McNeil Whistler processou o crítico John Ruskin por este ter tripudiado sobre seu quadro Nocturne in Black and Gold, esta maravilha aí:



Ruskin escreveu que era um absurdo um salafrário tentasse cobrar 200 guinéus (um dinheirão na época) para jogar um pote de tinta na cara do público.
No julgamento, ocorreu este diálogo entre Whistler e o advogado de Ruskin, John Holker:
(Holker):  Levou muito tempo para você pintar Nocturne in Black and Gold? Em quanto tempo você o produziu?
(Whistler): Ah, eu o produzi em dois dias, um para pintar, outro para fazer o acabamento.
(Holker): E você pede 200 guinéus pelo trabalho de dois dias?
(Whistler): Não, eu peço este preço pelo conhecimento que acumulei numa vida inteira de trabalho.
O pintor ganhou a ação.

A segunda historinha:

Os engenheiros da Ford, no final da década de 10 do século passado, não conseguiam fazer um enorme gerador novo funcionar direito.
Então chamaram o famoso matemático e engenheiro elétrico Charles Steinmetz para resolver o problema.

  O Steinmetz (na foto) ficou dois dias simplesmente ouvindo o gerador. Pegou uma escada, subia por todos os lados, até que, com um pedaço de giz, fez uma marca numa parte do gerador e informou que o problema seria resolvido se tirassem 16 voltas de um solenoide que estava naquele ponto.
Assim foi feito e o gerador ficou perfeito.
Steinmetz mandou uma conta no valor de 10 mil dólares, e o Henry Ford, meio indignado, solicitou que ele fizesse uma discriminação do trabalho, explicando como chegara àquele valor.
O Steinmetz foi pago depois de apresentar a seguinte discriminação:
Fazer uma marca de giz num gerador - 1 dólar.
Saber onde fazer a marca - 9.999 dólares
Total - 10 mil dólares.


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