Conheça Tomaso De Benedetti, tido como o maior criador de hoaxes (histórias falsas) da internet.
Por que ele faz essas coisas? O próprio Tomaso explica:
"Eu entrevistei Joseph Ratzinger antes de ele se tornar papa, e também Mikhail Gorbachov. Publiquei 70 entrevistas falsas, com escritores como Philip Roth, John Grisham, John le Carré e Mario Vargas Llosa. Nunca fiz isso por dinheiro, e agora com os hoaxes na internet eu não ganho nada.
Em abril de 2010, uma matéria no The New York Times revelou que minhas histórias eram todas falsas. As pessoas passaram a me chamar de falso entrevistador e mentiroso. Constatei que não poderia mais ser um jornalista nem assinar uma matéria com meu nome. Nenhum jornal vai publicar uma matéria minha, porque quem inventa entrevistas não é um jornalista confiável. Aliás, não é nem jornalista.
Então descobri que havia outra maneira de fazer jornalismo, um jornalismo que denuncie a mídia mais influente. Em 2011 criei perfis falsos no Facebook para escritores famosos: Umberto Eco, Mario Vargas Llosa e muitos outros. Todos acreditavam neles, todo o mundo cultural e jornalístico.
Na conta de Vargas Llosa no Facebook criei polêmicas contra o governo argentino. Mario negou o que eu havia escrito, mas minhas palavras foram amplamente difundidas pela mídia argentina. A imprensa tomou como verdade absoluta o que estava escrito numa mídia social, a mais trapaceável e insegura fonte do mundo.
No final de 2011 comecei com contas falsas no Twitter. A primeira conta que fiz foi de Mario Monti, que alguns dias depois se tornaria primeiro ministro da Itália. Minha conta falsa tinha 18 mil seguidores, sendo um deles o verdadeiro Nicholas Sarkozy.
Em janeiro de 2012 criei contas falsas para cinco ministros do recém nomeado novo gabinete espanhol. Eu os fiz dizer coisas sobre economia. Isso criou uma enorme polêmica e, de acordo com um jornal espanhol, 'levou o governo do país à beira do colapso'.
Desde então tenho anunciado mortes falsas, como de Hugo Chavez, Fidel Castro e Bashar al-Assad. Para mim é um jogo é uma demonstração de que a mídia acredita em qualquer coisa."
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