Teste de DNA resolve a autoria de qualquer crime?
Seria ótimo, mas existe um caso em que ele é inútil: gêmeos idênticos.
Esses aí são Raymond e Richard Miller, gêmeos. Em 2003, ambos tiveram sexo, no intervalo de uma hora, com uma mulher que engravidou. Negaram, foram para o teste de paternidade e o DNA disse que as chances de cada um deles ser o pai da criança era de 99,9%. Fazer testes cada vez mais refinados até descobrir o verdadeiro pai custaria uma fortuna, o caso não foi resolvido.
Em Marselha, há seis meses, os gêmeos Elwin e Yohan foram presos por seis estupros. Ambos declararam inocência. E mais uma vez os testes de DNA demonstraram que o criminoso poderia ser qualquer um deles. Diz o chefe de polícia que os testes que poderiam revelar o verdadeiro estuprador custariam cerca de R$ 3,4 milhões. Ambos tiveram que ser libertados.
Na Malásia, dois gêmeos acusados de tráfico de drogas também foram libertados porque era impossível determinar de qual era o DNA achado nas evidências do crime.
Na Alemanha, a mesma coisa: dois ladrões com extensa ficha, os gêmeos Hassan e Abbas, foram soltos porque nas cenas dos crimes o DNA poderia ser de qualquer um. Diz o chefe de polícia: "Pelas evidências que temos, pelo menos um participou dos crimes. Mas não podemos determinar qual e nem podemos manter um inocente preso."
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