A zona de exclusão ao redor da usina nuclear estourada de Fukushima, no Japão, é bem diferente da de Chernobyl.
Por algum motivo que só a mentalidade japonesa pode explicar, as pequenas cidades abandonadas ainda tentam parecer vivas. A energia elétrica foi mantida, os semáforos funcionam para ninguém, a iluminação das ruas acende à noite.
O fotógrafo da Reuters Damir Sagolj esteve lá e descreveu o cenário como "um filme de terror mudo". Ele entrou numa loja, colocou uma moeda numa máquina e recebeu um café quente. Tanta energia sendo gasta para apenas um café e uma pessoa na cidade completamente abandonada e deserta.
Na verdade, toda a região tem um habitante:
É este homem, Keigo Sakamoto, 58 anos. Ele se recusou a seguir as ordens de evacuação e ficou em seu rancho. Visitou todas as casas das cidades abandonadas e recolheu 500 animais de estimação deixados para trás por seus proprietários anteriores. Desde então se dedica a cuidar destes animais no ambiente radioativo.
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