sábado, 13 de outubro de 2012

O elogio da aspirina


Você está com alguma dor? Tem várias analgésicos no mercado, e é cada vez mais improvável que você vá escolher uma aspirina. Agora, se você tiver um infarto e estiver atualizado sobre o que fazer, sua primeira providência será tomar uma aspirina. Mais ainda: se você realmente está atualizado já toma uma aspirina diariamente.
A aspirina perde mercado como analgésico mas se firma como a droga milagrosa para prevenção de ataque cardíacos e recuperação aos infartados.
Os efeitos analgésicos da Spiraea ulmaria, ou filipêndula, ou ulmária, ou rainha dos prados, ou erva das abelhas, já eram conhecidos pelo antigos egípcios, que a usavam contra dor embora preferissem tomar um porre.  Um papiro roubado de um túmulo egípcio e vendido a um antiquário em 1862 contava a história. E em 1899 um então pequeno laboratório alemão chamado Bayer fez a síntese apropriada dos vários elementos da planta numa única droga, o ácido acetil salicílico.

A filipêndula, planta da qual se faz aspirina

Na época, a Aspirina (marca que a Bayer registrou) tinha uma dura concorrência entre os analgésicos, a heroína, mas acabou se impondo até se tornar a droga mais popular do mundo, especialmente depois que a Bayer perdeu suas patentes em muitas países e vários laboratórios puderam produzir a mesma droga.
Tem muito cientista que até hoje garante que a aspirina é melhor que os analgésicos mais modernos, como o ibuprofeno, mas a droga encontrou outro nicho de mercado. Não há nada melhor para manter seu coração e artérias em forma do que uma pequena dose de aspirina por dia. Esse novo uso foi descoberto em 1960 por dois cientistas britânicos: a aspirina impede a formação de placas e coágulos, as causas dos entupimentos e infartos. Desde 1983 seu uso é autorizado com esta finalidade e cada vez mais médicos recomendam a mágica fórmula de uma aspirininha por dia.
Bom e barato. A Bayer, que não é boba, nos Estados Unidos rebatizou a aspirina como "a droga maravilha".


Um comentário:

  1. O problema está nos efeitos negativos no estômago. Ou pelo menos os médicos me fizeram acreditar nisso. Por isso vou de Neosaldina ou Paracetamol.

    Angela Rahde

    ResponderExcluir