sábado, 28 de setembro de 2013

Sixto Rodriguez, o gênio esquecido

Assisti, com minha amada mulher, o documentário ganhador do Oscar Searching for Sugar Man.
Ficamos extasiados, chocados, emocionados.
Você PRECISA ver.
Você PRECISA ver.
Está passando no canal Max, tem no Netflix e é encontrável para baixar na internet.
O que é?
Conta a história inacreditável, chocante, terrível e maravilhosa do músico norte-americano de ascendência mexicana Sixto Rodriguez.



Compositor muito bom e cantor com uma voz especial, ele foi descoberto em bares vagabundos de Detroit por produtores de altíssima qualidade, que produziam discos de super astros. Com estes caras muito bons, Sixto fez dois álbuns maravilhosos, o primeiro em 1970 (Cold Fact) e o segundo em 1971 (Coming from Reality).
E o que aconteceu?
Nada. nenhum sucesso, nenhuma venda, um fracasso absoluto apesar da qualidade excepcional. Divulgaram mal, não pagaram jabás pro pessoal das rádios, um nome mexicano naquela época não faria sucesso. Não importa, alguém errou, o Sixto não vendeu discos. E voltou à sua vida como peão na construção civil.
Ponto final? Não.
Sabe-se lá como, uma cópia chegou à África do Sul e lá ele fez o maior sucesso, vendeu um milhão de discos. Era tempo de apartheid  e repressão, ninguém entrava ou saía do país, nada entrava ou saía da África do Sul. O Sixto virou motivador da luta contra o apartheid, suas músicas eram os hinos dos descontentes. Lá ele foi maior que Elvis, que Dylan, que os Beatles.
E ninguém ficou sabendo, nem o dinheiro dos royalties jamais chegou a ele.
Com continua? Isso eu não posso contar, você PRECISA ver o filme.
Olha o trailer:


Já ouvi e continuarei ouvindo seus dois discos.
Ouça também. Se não tiver tempo, ouça como música de fundo enquanto faz outra coisa, mas OUÇA:






É isso. E não esqueça: você PRECISA ver Searching for Sugar Man. E vai acabar concordando comigo: que desperdício de talento, que desperdício de genialidade. Que perda.

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