Nascido em 1922 (não achei nenhuma referência à sua morte, nem fotos suas) Marvin Harold Hewitt foi um gênio da trapaça. Mas seu golpe era estranho: ele inventava nomes e qualificações para... lecionar.
O cara queria mesmo ser professor, embora nunca tivesse concluído o secundário.
E teve uma carreira impressionante.
Aos 23 anos, apresentando-se como formando da Universidade Temple, foi admitido como professor de matemática, geografia e história numa Academia Militar em Philadelphia.
Mas seus vôos poderiam ser mais altos, então ele tomou emprestada a identidade de Julius Ashkin, físico da Universidade de Columbia, e com esse nome ensinou coisas complicadas como álgebra, cálculo e trigonometria, chegando inclusive a ser chefe do laboratório de física numa instituição de ensino superior, ainda em Philadelphia.
Depois se mudou para Minnesota e Saint Louis, onde seus talentos se expandiram: ele lecionou física nuclear e termodinâmica em turmas de graduação.
Depois foi contratado como professor titular de física pela Universidade de Utah, onde finalmente sua falsa identidade foi descoberta e ele voltou para a casa da mãe, em Philadelphia.
Este pequeno fracasso não o desencorajou: trocou de identidade mais duas vezes e ensinou no Arkansas, em Nova Iorque e na Universidade Durham, em New Hampshire, antes de ser definitivamente desmascarado.
Em 1954 a revista Time publicou uma matéria sobre ele, na qual Hewitt se disse "indignado" com a facilidade com que obteve os empregos. Trambiqueiro honesto, o cara:
"A aceitação sem questionamentos de meus documentos e referências demonstra uma fraqueza no ensino superior americano. E se eu estivesse ensinando medicina?"
Nenhum comentário:
Postar um comentário