Gilbert Mercier, no News Junkie Post - newsjunkiepost.com - publicou um artigo devastador sobre a indústria militar norte-americana, que segundo ele produziu o império da guerra.
Alguns destaques deste artigo:
A economia norte-americana tornou-se uma economia de guerra desde que a nação entrou na Segunda Guerra Mundial. Isto marcou o início de uma era de sistemáticos conflitos por lucro. O esforço de guerra transformou os EUA numa fábrica de armas gigante para as guerras na Europa e no Pacífico e, ironicamente, foi creditado como o principal fator para terminar com a depressão iniciada em 1929.
Esta tendência continuou, num ritmo mais lento, com a Guerra da Coreia, o Vietname, o Afeganistão nos anos 80 (contra a União Soviética). Sempre uma guerrazinha para manter a economia girando.
Mas o ataque ao World Trade Center deu aos políticos a oportunidade única para iniciar a guerra perfeita - a guerra ao terror, que não tem limites geográficos, limite de tempo ou mesmo um adversário definido.
O dinheiro jorra com a fabricação de armas cada vez mais caras e sofisticadas para os próprios americanos, para clientes de todo o mundo. E ainda há mais faturamento com a reconstrução de nações destruídas, como aconteceu na Alemanha e Japão depois de 1945 e recentemente no Iraque.
Em 24 de agosto deste ano o o Serviço de Pesquisas do Senado dos EUA divulgou relatório sobre o complexo industrial-militar do país. O valor das exportações de armamentos saltou de 21,4 bilhões de dólares para 66,3 bilhões no ano passado. Os EUA são os maiores exportadores de armas do mundo, com 78,1% do mercado mundial. Rússia e Grã Bretanha são segundo e terceiro, muito longe. Os principais clientes são Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Índia, Egito, Paquistão. Paquistão e Índia armam-se porque estão em permanente pé de guerra, não há constrangimentos em vender para os dois lados. O armamento para a Arábia Saudita e os Emirados é vendido com o consentimento de Israel porque os dois são aliados na guerra ao terror e seu próximo passo extremamente lucrativo: uma guerra ao Irã.
E assim a coisa vai. Diz o Mercier que os cúmplices deste império da guerra não são apenas os políticos, mas também os engenheiros que desenham novas armas, os trabalhadores que as produzem, os negociantes de ações das indústrias bélicas e - finalmente - o que ele chama de "mercadores da morte de Wall Street".
Você pode nem acreditar no que ele diz. Pode achar paranoia, fantasia, coisa de esquerdista.
Mas assusta, não é?
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