quarta-feira, 24 de abril de 2013

Arte financiada pela CIA

A história nem é nova, foi publicada pelo The Independent em 1995, mas só fiquei sabendo dela agora.
O movimento do expressionismo abstrato foi financiado pela CIA como uma forma de atrair pessoas de vanguarda, com tendências esquerdistas,  jovens artistas, aos valores-norte-americanos e não ao estilo soviético.
O financiamento foi às escondidas do Congresso.
Mas a decisão da CIA de incluir a cultura no arsenal de armas da guerra fria é ainda mais antiga, existe desde que a agênia foi criada, em 1947.
Havia toda uma divisão de propaganda que chegou a patrocinar e controlar ideologicamente mais de 800 jornais, revistas e organizações do comunicação. Os veteranos da CIA diziam que se a agência apertasse um botão a música que ela quisesse tocaria em todos os cantos do mundo.
A agência tinha agentes infiltrados em todo o mundo cultural e artístico. Patrocinou até uma turnê da Sinfônica de Boston. E patrocinou a versão animada do livro A Fazenda dos Animais, do George Orwell. Patrocinava jazz, escritores de guias de viagem, óperas, qualquer coisa que valorizasse o chamado american way of life.


Obra de Jackson Pollock: patrocinado pela CIA?

Agora, o patrocínio velado de uma coisa anárquica como o expressionismo abstrato é outra história: foi quase uma piada, confessou um ex-agente da CIA, Donald Jameson: "Gostaria de poder dizer que foi só uma piada, para ver a reação de Nova Iorque e do So-ho. Mas havia mais que isso, era mostrar uma diferença. O expressionismo abstrato servia para mostrar como a arte soviética, em comparação, era rígida e conservadora."
Foi uma oportunidade, admitiu o Jameson. "E nós a aproveitamos."

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