segunda-feira, 15 de julho de 2013
A utopia dos ratos
Em julho de 1968 o cientista John B. Calhoun resolveu fazer uma profunda experiência sociológica.
Ele construiu - na foto acima - o que chamou de Utopia dos Ratos, um ambiente fechado, metálico, de 2,5 metros quadrados, com fornecimento ilimitado de água, comida e material para fazer ninhos.
Lá colocou quatro casais de ratos, que ao final de um ano haviam se multiplicado para 620.
E aí as coisas pararam de funcionar bem.
A sociedade começou a se despedaçar. Os machos ficaram muito agressivos, as fêmeas passaram a negligenciar suas proles, os mais novos eram segregados ao centro da construção, onde a comida era escassa.
Após 600 dias as fêmeas pararam de reproduzir e os machos as abandonaram completamente.
Rapidamente a população diminuiu a níveis próximos aos do início da experiência, mas o comportamento dos ratos não mudou, tudo continuou péssimo.
Depois de quatro anos e meio a população estava extinta.
A conclusão de Calhoun é que não basta ter um ambiente utópico, com alimentação farta e livre de predadores. A limitação do espaço acabou com os ratos.
É por isso que a humanidade sempre busca novos espaços, por isso se espalhou pelo planeta, por isso explora e habita as últimas fronteiros. E sonha com ocupar o Universo.
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