Duas historinhas de adeus no naufrágio do Titanic.
A primeira foi contada pela passageira sobrevivente Mary Smith:
"Quando o primeiro bote foi baixado no lado esquerdo do navio eu me recusei a entrar e eles não insistiram. No segundo bote ficaram pedindo mais uma mulher para enche-lo e meu marido ficou insistindo que eu entrasse, já que minha amiga havia entrado. Eu me recusei a não ser que ele fosse junto. Enquanto isso o capitão Smith estava com um megafone no deque. Eu me aproximei e perguntei se meu marido poderia ir comigo. Ele me ignorou mas gritou mais uma vez pelo megafone 'mulheres e crianças primeiro'. 'Não dê atenção a ela, capitão - disse meu marido - farei com que ela entre no bote'. Então ele me disse: 'Nunca pensei em lhe pedir obediência, mas desta vez você tem que me obedecer; é só uma questão formal as mulheres e crianças irem primeiro. O bote está bem equipado e todos vão se salvar.' Perguntei se ele estava sendo completamente honesto e sua resposta foi sim. Eu me senti melhor então, porque tinha completa confiança no que ele dizia. Ele me deu um beijo, colocou-me no bote e enquanto ele era baixado gritou para mim: 'Mantenha suas mãos nos bolsos, está muito frio'. Foi a última vez que o vi."
A segunda história foi contada pelo camareiro sobrevivente Alfred Crawford:
"Eu estava ajudando senhoras a entrar num bote quando chegou Isidor Strauss, um dos donos da Macy's, com sua esposa Ida. Ela entrou no bote primeiro, trouxe sua empregada, instalou-a no bote, deu um cobertor para ela. Então saiu do bote, abraçou seu marido e disse: 'Estivemos juntos todos estes anos, onde você for eu vou'. A última vez que os vi estavam sentados em duas cadeiras no deque."
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