Parece que a coisa é assim: os Estados Unidos gostam e apoiam quem vaza segredos, desde que não sejam os deles.
Agora eles querem o couro do Edward Snowden, mas já concederam asilo a um cidadão estrangeiro que também vazou segredos importantes.
Foi este cidadão aí, o suíço Michael Cristopher Meilli:
Em 1997, o Michael - então com 29 anos, guarda do banco suíço UBS - surrupiou documentos com informações sobre bens roubados pelos nazistas dos judeus. A papelama ia ser destruída, mas o Michael a entregou para uma organização judaica, que entrou com ação contra o UBS e acabou ganhando uma indenização de 1,25 bilhão de dólares.
O governo suíço começou a enquadrar o vazador, alegando que os documentos eram confidenciais e que ele quebrara regras de segurança bancária. Mas o Michael se mandou para os Estados Unidos, onde foi recebido como herói e ganhou asilo.
É assim: vilão de um, herói de outro.
O senador que fez o projeto concedendo asilo político ao suíço, declarou:
"A palavra whistleblower (que traduzo como vazador) é a descrição de alguém que busca a verdade, que ter ter certeza de de que todos os fatos e circunstâncias sejam conhecidos para que um erro possa ser corrigido."
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