terça-feira, 25 de setembro de 2012

O mal está nos paraísos fiscais


Sabe aquela história do 1% de ricos contra os 99% de pobres, remediados e classe média?
Está errada: na verdade, os mega-ricos são apenas 0,001% da população mundial. E a crise que faz governos ao redor do planeta amargar terríveis programas de austeridade econômica é resultado da ação de cerca de 92 mil riquíssimos que controlam a economia do mundo.
Os dados são de uma organização chamada Tax Justice Network (Rede da Justiça Fiscal), que diz que algo entre 21 e 32 trilhões - sim, trilhões - de dólares foi escondido nos últimos anos por essas pessoas  na Suíça e nas Ilhas Cayman, com a ajuda de bancos como o USB, o Credit Suisse e o Goldman Sachs - esta tríade agente do mal.



Esse dinheiro é mais que a soma dos PIBs de Japão e Estados Unidos. É mais que dez anos de nosso PIB brasileiro. Daria para eliminar a miséria da África inteira e ainda sobraria grana.
Os mega-ricos fogem dos impostos e o povo paga o pato, é ele que precisa quitar os débitos das nações.
A situação é pérfida porque os mesmos bancos ditam as regras dos programas de austeridade. E as nações mais pobres são as que mais sofrem, porque ficam extremamente dependentes de malignos programas de ajuda externa.
Grandes corporações e organizações criminosas também escondem seus dinheiros nos paraísos fiscais, que são instrumentos de aumento da pobreza, de corrupção e de uma enorme injustiça.
Por isso, sempre é bom lembrar como é importante que o Brasil tenha escapado das garras do FMI e tenha um excelente volume de reservas. Que assim continuemos.


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