sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O homem que salvou o mundo. Sozinho.

Faz agora 29 anos que o tenente coronel Stanislav Petrov salvou o mundo, completamente sozinho.
Ele era o plantonista na estação em Moscou que monitorava por satélites o território dos Estados Unidos.
Pouco depois da meia noite de 26 de setembro de 1983 Petrov recebeu um alarme do sistema dizendo que um míssil nuclear havia sido disparados dos EUA em direção à União Soviética. Logo o alarme aumentou: cinco mísseis estavam a caminho.

Essa coisa feia aí foi o que Petrov evitou

Ele tinha cinco minutos para decidir se era um ataque verdadeiro, e neste caso o protocolo determinava uma imediata retaliação com todo o arsenal nuclear da finada URSS.

Stanislav Petrov: nenhum reconhecimento especial
Eram tempos tensos, a ameaça de uma guerra nuclear era alta. Os soviéticos, há pouco tempo, haviam derrubado um avião comercial coreano que invadira seu espaço aéreo, com alguns americanos a bordo. Já os americanos estavam fazendo manobras navais perto de localizações chave da URSS e a OTAN preparava exercícios militares na Europa, incluindo uma simulação de ataque nuclear - que muitos russos consideravam um disfarce para um ataque real.
E o Petrov ali, com aquele enorme pepino na mão. Diz ele que atendeu a uma "sensação estranha" e adiou a decisão de revidar o máximo possível, até optar por um não. Ele considerou que um ataque não se iniciaria com apenas cinco mísseis.
Depois, estações de terra confirmaram: tudo havia sido reflexos o sol em nuvens elevada altitude, interpretados pelos satélites como disparos de mísseis.
Foi assim que o plantonista noturno salvou o mundo.
Depois ele foi relatar o acontecido a seus superiores, que até o elogiaram mas posteriormente o submeteram a um intenso interrogatório sobre suas razões e os riscos que havia assumido. Petrov nunca recebeu qualquer reconhecimento oficial por ter salvado o mundo. Pelo menos, escapou de ser punido.



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