quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Governos & gangues

A pequena nação de Belize, ali ao Sul do México, é um destino ecológico que fica cada vez mais importante. Lugar bonito, mesmo.
Mas a violência vai aumentar em Belize em 2013, inevitavelmente.


Belize: muitas gangues num país minúsculo

Acontece que  o governo de Belize mantinha desde 2011 um programa que oferecia empregos aos membros das 13 gangues criminosas organizadas do país, com um custo de 20 mil dólares por semana. Com isso eles obtiveram uma trégua nas atividades das gangues que durou até agora. Mas o dinheiro acabou, Belize está com problemas para pagar sua dívida externa e a partir de janeiro não haverá mais pagamentos para as gangues.
E elas vão voltar à ativa. Embora eficaz, o programa era muito criticado porque não oferecia uma solução de longo prazo para o problema das gangues. Só que agora não haverá nem esta exótica solução pontual na base da propina.
13 gangues num paizinho de 356 mil habitantes é muita coisa. Duas são filiais das maiores gangues da América Central, a Mara Salvatrucha e a Barrio 18, as demais imitam a norte-americana Bloods and Crips.
Essa experiência de financiar criminosos de rua para que eles não ajam não foi uma invenção de Belize. Eles se inspiraram em El Salvador, onde a poderosa Mara Salvatrucha também foi acalmada com injeções de dinheiro. Só que lá a coisa foi financiada não pelo governo mas pela igreja católica, e o negócio incluiu melhores condições prisionais para os membros da gangue presos.


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