quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Um trailer do fim do mundo

Esses vendavais que temos por aqui não são nada. Furacões como o Sandy não são nada.
Fenômeno realmente assustador e destruidor foi o que aconteceu na região do rio Tunguska, na Sibéria, em 30 de junho de 1908.
Foi assim: um grande pedaço de rocha invadiu nosso espaço aéreo, um meteorito de aproximadamente 30 metros de comprimento. Veio a cerca de 70 mil quilômetros por hora, enfrentando a pressão da atmosfera, esquentando cada vez mais. E aí, quando estava a poucos quilômetros de altitude, a pressão venceu e a enorme rocha converteu sua imensa velocidade em calor, numa explosão gigantesca.
A bola de fogo incendiou nada menos que 2.150 quilômetros quadrados de florestas. Mas logo atrás do fogo veio a onda de choque, ainda mais poderosa: ela apagou o incêndio instantaneamente, derrubou e comprimiu contra o solo 80 milhões de árvores.
Este foi o famoso Evento de Tunguska, único na época contemporânea.
Veja uma concepção artística do que aconteceu, considerada como possivelmente bem próxima da realidade:

Artist's impression of the Tunguska blast.

A região é tão remota que pesquisadores só conseguiram chegar lá para examinar as consequências depois de 20 anos.  E tudo que encontraram foram quilômetros e mais quilômetros de solo calcinado e milhões de árvores transformadas em gigantescos palitos de dentes.
A terra está tão queimada que nada nunca mais nasceu por lá.
A explosão é calculada hoje como a de uma bomba atômica de 20 megatons, bem grandinha, mil vezes maior que a utilizada em Hiroshima.

Em 1953 Tunguska ainda estava assim

Foto aérea de Tunguska em 1938
Algo deste tipo pode acontecer novamente?
Certamente, existem milhões de rochas dos mais variados tamanhos passeando pelo sistema solar. Caquinhos delas atingem nossa atmosfera todos os dias.
E em algum tempo do futuro entraremos em rota de colisão com uma rocha realmente grande, 300 ou 500 vezes maior que a de Tunguska. E aí as chances de que toda a vida no planeta se extinga serão realmente muito grandes.
O que aconteceu na Sibéria em 1908 foi, na verdade, uma antevisão do fim do mundo. E os Maias não têm nada a ver com isso.

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