segunda-feira, 8 de julho de 2013

Escândalos sagrados

A cúpula do Banco do Vaticano renunciou em 1º de julho, em meio a um escândalo revelado há um ano e que envolvia o contrabando de dinheiro para a Itália.



Pegaram Nuncio Scarano, um graduado oficial da santa sé, num jatinho privado e tentando entrar no país com 20 milhões de euros.
Mas este não é o primeiro e nem será o último grande escândalo envolvendo a igreja e sua alta cúpula.
Conheça outras historinhas cabeludas:

   João XII foi eleito papa quando tinha 18 anos e não dava bola para os assuntos da igreja. Ele jogava muito, mandava matar e mutilar seus desafetos, invocava demônios e teve inúmeros casos com mulheres casadas. Morreu no ano 964, de ataque cardíaco, na cama com uma amante.

  Sixto IV foi papa na década de 1470. Teve seis filhos ilegítimos, um com sua irmã. Mantinha prostitutas da igreja, de quem cobrava impostos. E também cobrava taxas dos padres para que eles pudessem ter amantes. Mas tinha o outro lado: foi ele que construiu a capela Sistina.

  O Estevão VI era um papa vingativo. Odiava seu antecessor, o papa Formoso, tanto que mandou exumar seu corpo para julgá-lo. O cadáver foi considerado culpado de vários crimes. Mas aí veio um terremoto, tido como um sinal de deus, e o Estevão levou a culpa: foi jogado numa masmorra onde morreu no ano 897.

  Os vazamentos de segredos de 2012 não foram os primeiros na história do Vaticano. Em 1869 um jornal alemão conseguiu e publicou detalhes de encontros mantidos pelo papa Pio IX discutindo como a igreja deveria agir diante do racionalismo, do materialismo e do liberalismo.

  Em 2010 o Bento XVI enfrentou seu primeiro escândalo: o envolvimento de seu assessor direto Angelo Balducci numa rede de homossexualismo. Um cantor do coral do Vaticano confessou ter arranjado mais de 10 parceiros para Balducci, incluindo um modelo masculino e um jogador de rugby. O Balducci perdeu seu emprego.


  No início deste ano de 2013 os caixas automáticos foram desligados em todo Vaticano. Motivo: a santa sé não implementou novas regras contra lavagem de dinheiro. Depois de prejuízos de 30 mil euros por dia, o serviço voltou em fevereiro graças a um acordo com um banco suíço.

  Em 19 de junho de 1982 o corpo de Roberto Calvi, conhecido como o banqueiro de deus, foi encontrado pendurado sob esta ponte londrina. Ele dirigia o Banco Ambrosiano, que tinha o Vaticano como principal acionista e cometeu irregularidades bilionárias. Fugiu disfarçado para Londres, mas acabou assassinado. Um cardeal norte-americano procurado pela polícia teve imunidade garantida pela santa sé, mas sete funcionários civis foram condenados.

  Para terminar esta pequena lista (nem consideramos todos os casos de pedofilia fora do Vaticano) houve o vazamento de 2012: o mordomo do papa, Paolo Gabriele, foi preso por vazar documentos secretos para um jornalista, que publicou suas histórias de corrupção e disputas internas na santa sé. Ele acabou condenado a 18 meses de prisão, mas recebeu perdão do papa Bento XVI.

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