terça-feira, 19 de março de 2013

Aplausos, por favor

  Historiadores e estudiosos concordam numa coisa: ninguém sabe como e onde surgiu o aplauso.
Ele é muitíssimo antigo, aparece até na bíblia - e no velho testamento.
No início, garantem os pesquisadores, ele era uma ferramenta de comunicação: aplaudir era como dar um tapinha de aprovação nas costas do aplaudido. Um cumprimento caloroso.
Foi usado até com fins militares: no sétimo século o imperador Heráclio, à frente de um combalido e não mais poderosos império romano, convocou gente para aplaudi-lo num encontro com um rei bárbaro e sua comitiva. Ele queria intimidar o oponente com aplausos. Não funcionou.
O que se sabe é que o aplauso se formalizou e eternizou através do teatro.

[optional image description]
O teatro de Dionísio, na Grécia antiga: aplausos para os atores

Plaudits, os aplausos, eram a homenagem aos atores ao final da peça. A palavra, de origem latina, também pode significar vitória ou explosão. Do teatro o aplauso derivou para outras atividades humanas, dos discursos de formatura às claques que cercam os políticos.
E também ganhou novas versões, nem sempre eles são uma homenagem. Podemos aplaudir tediosamente, protocolarmente, porque somos obrigados, e até ironicamente. E, é claro, feliz e entusiasticamente. Na verdade, o aplauso é - e assim já foi seriamente considerado - uma espécie de pesquisa de opinião instantânea.
Ainda nos comunicamos através dos aplausos - e a versão irônica é a mais poderosa.
Agora, de onde veio isso? Só o que sabemos é que até os bebês aplaudem, de forma natural, espontânea e instintiva. Talvez o aplauso tenha estado conosco por todo o tempo.
E agora já aplaudimos até digitalmente, os curtir do Facebook não passam de aplausos. E a quantidade de curtidas também funciona como pesquisa de opinião.


Nenhum comentário:

Postar um comentário