E o maior exemplo desta patologia contemporânea é o de Li Meng, da cidade de Changchun: ele está há seis anos morando dentro de um cyber café, do qual só sai de vez em quando para comprar comida e tomar um banho.
Dorme lá mesmo, não desgruda os olhos da tela, sempre jogando on line. Um repórter do Beijing Times tentou muito se comunicar com ele e conseguiu arrancar algumas informações básicas: o Li Meng tem uma renda mensal de 322 dólares e paga 80 pela internet. O resto vai para comida, sanduíches comprados prontos.
O dono do cyber café já nem o nota, ele faz parte dos móveis e utensílios da casa, e quando não aguenta mais de sono simplesmente deita e dorme, para acordar e voltar a jogar.
O Li Meng não consegue imaginar outra forma de vida.
E não é o único: é praticamente impossível passear por qualquer cidade grande chinesa sem topar com muitos cafés especializados em jogos on line. E desde 2010 o governo mantém campos de repouso e cura para crianças viciadas em internet, que recentemetente foram acusados de usar violência para a cura do vício.
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