sábado, 26 de janeiro de 2013

Cerveja mais barata que água

O pessoal da República Tcheca gosta de uma cerveja.
Gosta tanto que eles são os maiores consumidores per capita de cerveja do planeta.
E tem outra coisa interessante lá: a cerveja, nos bares, é mais barata que água ou qualquer refrigerante.

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É uma cultura e uma tradição importante, os tchecos foram dos primeiros a fazer cerveja e a qualidade de suas marcas é reconhecida internacionalmente. Eles dizem que a cerveja é leite para os adultos e vão brigar contra qualquer um que tente interferir em seus hábitos.
Quem está se incomodando com isso é o ministro da saúde do país, Leos Héger. Ele está propondo que nos bares exista pelo menos um produto - água ou refri - mais barato que cerveja, uma concessão para os menores de 18 anos, idade mínima para consumir álcool.
Isto mudaria algo na vida dos cervejeiros? Nada. Mas mesmo assim eles estão indignados e os donos de bares se recusam a mudar seus preços. Por que? O diretor de um instituto de pesquisas diz que os tchecos bebem assim desde a Idade Média e que qualquer tentativa de interferência não é bem vinda.
E o coitado do ministro - que também gosta de cerveja - assegura que não quer fazer ninguém beber menos, só dar uma alternativa de baixo custo para quem não bebe.
Não adianta: os donos de bares dizem que ele deve se ocupar de coisas mais importantes e não se meter onde não é chamado.
O coitado do Léos Héger vai ter que suar a camiseta para conseguir alguma coisa num país que faz cerveja há mil anos e cujo santo padroeiro é São Wenceslau, igualmente padroeiro da cerveja.
O ministro da saúde ainda não teve coragem de começar outra batalha: a proibição - ou pelo menos limitação - do fumo em ambientes fechados. Na República Tcheca o fumo ainda é livre em todos os lugares.


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