terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O nascimento do LP

Esta é uma história interessante para quem viveu os tempos dos discos de vinil e eventualmente até tem saudades deles.
Foi em 21 de junho de 1948 que a Colúmbia anunciou, numa coletiva de imprensa, que havia criado um novo sistema de discos: o long playing, bolachas chatas de vinil de armazenavam até 22min30sec de música em cada lado. Mais: sua rotação, de 33 e um terço por minuto, era muito mais lenta que o padrão de 78 RPMs então em vigor. Uma sinfonia cabia num LP mas precisava cinco dos discos de 78 RPMs.
É claro, o sucesso foi instantâneo, até porque o custo por minuto de música caiu.
O primeiro LP gravado, Nathan Milstein tocando o Concerto para Violino em Mi Maior de  Mendelssohn com a New York Philharmonic vendeu 1,25 milhão de cópias ainda em 1948.
O curioso é que, bem antes do anúncio da novidade, a Colúmbia informou sua concorrente, a RCA e ofereceu-se para licenciar o sistema. A Colúmbia achava que se ambas oferecessem o sistema a coisa iria decolar mais rapidamente. A orgulhosa RCA disse que não e por sua vez anunciou meio ano depois os disquinhos de 45 RPMs, com os toca-discos que faziam a troca rápida.
Aposta desastrosa: depois de 4,5 milhões de dólares de prejuízos e da perda de artistas importantes que preferiam o LP, a RCA rendeu-se em 1950 e passou a também fazer os discos maiores.
Algumas imagens dos primeiros tempos dos LPs:


Frank Sinatra gravando na Colúmbia em 1950


Marlene Dietrich e Rosemary Clooney, na Colúmbia, 1953


Bob Dylan se concentrando antes de gravar, 1963 - o homem já está na estrada há 50 anos


Barbra Streisand, janeiro de 1963


Robert Coote, Julie Andrews e Rex Harrison gravando My Fair Lady, em março de 1956

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