Seus ferimentos eram tão grandes que um atropelamento foi descartado como hipótese.
Não havia registro de ninguém desaparecido com aquelas características, e nem houve depois do encontro do corpo.
Ele só poderia ter caído do céu.
Era um homem negro, de 20 e alguns anos, sem qualquer documento, de jeans e camiseta.
A polícia se esfalfou averiguando, com duas únicas pistas: um celular no bolso dele e o fato da avenida Portman, estar bem na rota de aproximação do aeroporto de Heathrow.
Depois de meses conseguiram identificá-lo.
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Ele se chamava José Matada, eram moçambiquenho e tinha 26 anos.
Tudo dera errado em sua vida e ele resolveu tentar a sorte na Europa viajando como clandestino no compartimento do trem de pouso de um avião na rota - Ruanda (Angola) - Londres.
Mais uma vez ele não teve sorte: no apertado espaço do trem de pouso a temperatura cai a -20ºC e o ar fica extremamente rarefeito. O José deve ter ficado inconsciente e despencou quando a porta do compartimento se abriu para baixar as rodas nos preparativos para o pouso.
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