É impossível negar a criatividade chinesa. Eles são ótimos em inventar maneiras de burlar a lei ou tangenciá-la.
Veja o campo das falsificações, por exemplo.
Os chineses falsificam receitas médicas, em abundância e com qualidade. Não consegue receita para sua droguinha preferida ou indispensável? Pegue uma receita falsa e seus problemas acabaram. São milhões de receitas comercializadas quase que livremente, embora às vezes aconteçam apreensões como esta:
Existem outras falsificações criativas. Por exemplo: na cidade de Kunming tem uma loja da Apple falsa. Não conseguiram ser licenciados, construíram uma loja igualzinha às de verdade, ninguém nota a diferença. Até porque só a decoração é falsa, os produtos são verdadeiros.
E a empresa 11Furniture, que tem uma loja gigante de 20 mil metros quadrados, copiou tudo da sueca Ikea. Faz e vende produtos idênticos, usa o mesmo esquema de cores da Ikea. Grande negócio.
Mas, na minha opinião, a maior falsificação chinesa é a de empresários. Para criar uma imagem de cosmopolitismo e nível internacional, empresas chinesas contratam homens brancos para posar de empresários e executivos de seus negócios.
Seus deveres são modestos: ir a jantares, falar bem em inglês, usar bons ternos e gravatas. O escritor Mitch Moxley, expatriado em Pequim, é um deles. Foi contatado, informado que estava no ramo de controle de qualidade e é chamado para jantares, apertos de mãos, essas coisas. Ganha mil dólares por semana, mais as roupas finas, boa comida e bebida. Seu professor de chinês explica: "Homens brancos de terno dão uma cara às empresas chinesas".
Nenhum comentário:
Postar um comentário