Um cidadão chamado Dmitry Argakov, da cidade russa de Voronezh, recebeu uma oferta de cartão de crédito de um banco chamado Tinkoff Credit Systems.
Ele leu o contrato, não gostou e resolveu dar um tiro na Lua: redigiu o seu próprio contrato, que mandou para o banco.
Lá no Tinkoff tinha um funcionário que - como quase todo mundo - não gosta de ler contratos longos e cheios de letrinhas pequenas e assinou sem prestar atenção.
Pronto, o Dmitry derrotou o banco.
No seu contrato o crédito é sem limites, a taxa de juros é zero e o banco não pode cobrar qualquer taxa. Mais: se o banco não seguir o contrato terá que pagar uma multa de cerca de 200 mil reais. E se quiser cancelá-lo a multa é de quase 500 mil reais.
É claro que o Dmitry usou bastante o cartão e o banco tentou cobrar taxas e juros. Foram para o tribunal e o juiz deu ganho de causa ao Dmitry: ele somente tinha a obrigação de pagar seus gastos reais (cerca de 2.500 reais), não os quase 6 mil reais de juros cobrados pelo banco.
E agora ele está acionando o banco para cobrar as multas estipuladas no contrato.
O Dmitry é meu novo ídolo.
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