Um muro gigantesco separa o México dos Estados Unidos.
Israel construiu também um muro na divisa com os territórios palestinos.
E as duas Coreias são separadas pela enorme e horrível zona desmilitarizada.
E antes disso havia a cortina de ferro, fronteiras fortemente armadas e guarnecidas, e ainda o Muro de Berlim
Mas a Europa de hoje construiu um cenário completamente diferente. As fronteiras desapareceram, viraram conceitos. Por vezes, a única coisa que demonstra que alguém saiu de uma nação e entrou noutra é a mudança de operadora no celular. O único lugar na Europa onde ainda há um controle de fronteira à moda antiga é em Belfast.
Vários fotógrafos tem se dedicado a documentar essas fronteiras abertas. Um deles, Valerio Vincenzo, cruzou fronteiras mais de mil vezes e só foi parado uma vez, entre a Áustria e a República Tcheca. Nem precisou mostrar identidade: só falou de seu projeto fotográfico e foi liberado.
São projetos fotográficos interessantes, que mostram uma nova realidade de nações entrelaçadas e emaranhadas, abertas entre si - e temos coisas iguais aqui na fronteira entre Brasil e Argentina.
Veja algumas fotos de Vincenzo:
Polônia e Lituânia: a fronteira fica logo atrás dos banhistas.
Suíça-Alemanha: o dono deste restaurante pintou a fronteira para que os clientes escolham o país em que querem almoçar.
Áustria-Itália: nas montanhas há o conceito de fronteira móvel, pelos movimentos de terra causados por geleiras.
Áustria-Hungria, numa zona de proteção ambiental: até 1989 a cortina de ferro passava aí.
Alemanha-Polônia, que já guerrearam entre si tantas vezes: na praia, um calçadão de madeira ajuda os banhistas, e dois postes mostram onde fica cada país.
França-Espanha: o marco divisório serve de suporte para o menu de um Café.
Itália-França: o que muda na fronteira é o tipo de asfalto da estrada.
Portugal-Espanha: esta é a fronteira mais antiga da Europa, inalterada desde o século 13.
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