O escritor inglês G. K. Chesterton, que morreu em 1939, fez em 1909 a mais interessante definição do jornalismo:
Leia o que disse o velho sábio:
"Uma das grandes fraquezas do jornalismo como um retrato da vida moderna é que ele deve ser um retrato feito unicamente de exceções. Nós anunciamos em manchetes brilhantes que um homem caiu de um andaime. Não anunciamos em manchetes brilhantes que um homem não caiu de um andaime.
No entanto, o último fato é fundamentalmente mais excitante, que esta torre móvel de terror e mistério, o homem, está ainda lá, acima da Terra. Que um homem não tenha caído de um andaime é realmente mais sensacional, e também algumas milhares de vezes mais comum.
Mas não podemos esperar, razoavelmente, que o jornalismo vá insistir nesses milagres permanentes.
Não podemos esperar que editores atarefados coloquem em suas manchetes "O sr. Wilkinson ainda está a salvo", ou "O sr. Jones, de Worthing, ainda não morreu". Eles não podem, de maneira alguma, anunciar a felicidade da humanidade. Eles não podem anunciar todos os garfos que ainda não foram roubados, todos os matrimônios que não foram dissolvidos judicialmente.
Por isso o complexo retrato que eles dão da vida é necessariamente falacioso. Eles só podem representar o que é incomum. Embora possam parecer democráticos, os jornais só estão preocupados com as minorias."
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