quinta-feira, 29 de novembro de 2012

As orquestras precisam dos maestros?

Duvido que você já não tenha pensado isto - especialmente se não for músico, como eu: mas será que as orquestras precisam mesmo de maestros? Aqueles caras meio estranhos agitando a batuta ali na frente são mesmo necessários ou os músicos tocariam a coisa sozinhos, ali com as pautas na frente deles?

Does This Guy Matter? Conductor Leonard Bernstein during rehearsal with the Cincinnati Symphony at Carnegie Hall in 1977.


Bem, a dúvida não era só minha ou nossa.
Pesquisadores de uma universidade em Maryland, Estados Unidos, com a conivência de uma sinfônica de Ferrara, na Itália, resolveram tirar a coisa a limpo. Instalaram sensores de luz infravermelha na batuta do maestro e nos arcos dos violinistas. Rodearam tudo com câmeras e gravaram tudo.
Os movimentos da batuta e dos arcos criaram padrões no infravermelho, codificados e traduzidos através de fórmulas criadas por um Nobel de Economia, Clive Granger.
Ou seja, um estudo pra lá de sério.
E a conclusão? Aquela que os músicos devem saber perfeitamente: sim, o maestro é importantíssimo. Os arcos dos violinos seguem os comandos do maestro, que está sempre um átimo à frente de seus movimentos.
Mais ainda: gravaram músicas feitas com um maestro experiente e que se impunha à orquestra e de novo com um maestro principiante. Músicos ouviram as duas versões - sem ver nada - e garantiram que a música com o maestro experiente, que tinha orquestra na mão, fora bem melhor executada.
OK, senhores maestros: este leigo aqui tira seu hipotético chapéus para vocês.


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