terça-feira, 13 de novembro de 2012

Xadrez pode ser um espetáculo?


Mais de 600 milhões de pessoas jogam xadrez regularmente.
Só na internet 285 milhões de seres humanos se enfrentam olhando o tabuleiro numa tela. Poucos jogos são mais praticados que o xadrez, mas mesmo assim ele tem baixa visibilidade, com escassos ou inexistentes espaços nas mídias.
Mesmo os campeonatos mundiais, reunindo alguns gênios, passam sem que ninguém saiba que eles aconteceram.
E dá para entender porque: jogos de xadrez são longos e nada excitantes para espectadores comuns - só outro jogador de xadrez pode achar algum prazer em olhar uma partida de terceiros.
Mas o empresário Andrew Paulson, 54, nascido nos Estados Unidos mas morador da Rússia, acha que pode mudar este cenário. Ele comprou da Federação Internacional de Xadrez os direitos de organização dos campeonatos mundiais pelos próximos 11 anos.
E pretende transformar o xadrez num espetáculo midiático.



Seus planos incluem um canal de tevê a cabo e novas arenas para os jogos, com uma parafernália eletrônica onde os espectadores poderão ver os números dos batimentos cardíacos, da pressão sanguínea e das taxas de transpiração dos jogadores. Além de análises de grandes mestres e de chess engines - os programas que hoje jogam melhor que os humanos.
Tudo isso e mais uma enorme atividade na internet, com grandes torneios e muita interatividade.
O Paulson pretende fazer com o xadrez o que o Bernie Ecclestone fez com a Fórmula-1 - construir um espetáculo de alcance mundial.
Vai ser difícil, mas eu torço por ele: o xadrez é uma das paixões da minha vida. E o Paulson sabe das coisas: mudou-se dos Estados Unidos para a Rússia nos anos 90, atrás de oportunidades, e ergueu lá um pequeno império dentro da internet.

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