Pois o sal, essa coisa tão simples, de repente virou fashion, ganhou novas e surpreendentes caras. Tínhamos duas versões: sal fino e sal grosso, ambas de sal marinho. Agora aparecem no mercado e os mudernus usam sais que vêm de minas, do interior da terra, de montanhas, em várias cores e com granulação variadíssima.
Dizem que um é assim, que outro é assado, que esses são melhores que o sal marinho, mas o escritor Martk Bitterman, um especialista em sal, desmistifica essa novidade: bom sal é o sal puro, ponto final.
Segundo Bitterman, só existem duas categorias: sal marinho, obtido através de evaporação, e sal de rocha, fruto de mineração, que vem em blocos e é quebrado em pedaços menores. Mesmos os famosos sais do Himalaia podem ter sua pureza comprometida porque são obtidos através de explosões com dinamite. Ele, particularmente, prefere o sal marinho: "Os sais do Himalaia ou das minas de Utah são legais, são bons, mas não têm as complexidades cristalinas do sal marinho."
Para ver a qualidade de um sal, Bitterman diz que sempre devemos ler a composição, na embalagem. Os bons têm apenas sal e iodo. Sais muito refinados, como o kosher, não passam de cloreto de sódio obtido quimicamente e basicamente ressecam o alimento.
As cores dos novos sais no mercado não significam nada em termos de sabor ou qualidade. Para Bitterman, é bom ter um casa um sal realmente puro e também flor de sal, que segundo ele é o que melhor realça o sabor do alimento.
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