Mas esse não é o processo natural da vida - as coisas nascem, crescem, envelhecem e morrem. Tem que ser assim, não há outro jeito.
Ou há? Parece que sim: pelo menos uma espécie que vive na Terra detém o segredo da imortalidade.
Trata-se de uma mãe d'água, conhecida desde 1988 e observada meio por acaso por Christian Sommer, um estudante de biologia marinha alemão.
A mãe d'água imortal |
Ao observá-la, ele ficou pasmo: ao contrário de qualquer outra forma de vida no planeta, ela não envelhecia e morria.
O processo beira o inacreditável: ao envelhecer, ela começa a rejuvenescer cada vez mais, até alcançar o ponto inicial de seu desenvolvimento. E aí inverte o processo, infinitas vezes.
Por tudo que se sabe isso não é possível. Seria como uma borboleta rejuvenescer até virar lagarta, ou uma galinha rejuvenescer até virar ovo. E aí nascer de novo.
Em 1996 um grupo de cientistas italianos publicou o primeiro estudo a partir da descoberta de Sommer. Mas eles não tinham nenhuma resposta, apenas espanto.
E até agora pouco se sabe sobre como a coisa funciona, a não ser que a mãe d'água simplesmente vai modificando o tipo de suas células.
Outra coisa está acontecendo ao mesmo tempo: antes apenas conhecida no Mediterrâneo, e em populações relativamente pequenas, a Turritopsis dohrnii agora tem se espalhado pelos mares do planeta. Ela viaja agarrada em cascos de navios, e já foi vista também no Panamá, na Espanha, na Flórida e no Japão.
E há até quem imagine que um dia, quando toda outra forma de vida na Terra estiver extinta, os oceanos serão densamente povoados por hordas de mães d'água imortais.
Assustador, não é?
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