Vejam só a novidade que já está sendo usada por 1% das empresas norte-americanas e dizem ter viés de crescimento - viés de crescimento é ótimo, estou aperfeiçoando meu economês: férias ilimitadas, o funcionário decide quando tirar férias e por quanto tempo.
Parece maravilhoso, não é? A novidade é considerada um benefício paralelo muito desejado por trabalhadores.
Mas o interessante é que tem um truque psicológico muito forte por trás da coisa. Os caras pensam: "Vem cá, se eu tirar muitos dias de férias não vão pensar que eu estou abusando? Meu conceito não vai cair? " E aí se mixam.
Para ficar bem com o patrão, ninguém testou os limites das férias ilimitadas. O pessoal tira 14 dias e olha lá. Nenhuma pessoa tirou nem 28 dias até agora. Outro detalhe: ninguém ousa tirar férias quando dá na telha. Todo mundo vai antes conferir as possibilidades com as chefias. Ou seja: nada muda.
O truque é maravilhoso: as empresas reforçam seus conceitos com uma oferta que, no fim das contas, não traz qualquer benefício para o trabalhador.
Parece o Ardil 22 do livro do Joseph Heller, no qual o capitão Yossarian e sua turma não têm como escapar de missões de voo na segunda guerra, porque quando estão sãos naturalmente têm que voar e se se declaram insanos porque acham a missão insana é porque estão sãos e têm que voar. Sem saída.
Nenhum comentário:
Postar um comentário