terça-feira, 6 de novembro de 2012

Copyright ridículo

A indústria do copyright - sim, é uma indústria, com empresas especializadas em tomar conta de copyrights e arrancar dinheiro de um monte de gente - não conhece limites e beira o ridículo.
A última é especialmente infame: o espólio do escritor William Faulkner (que por coincidência estará no Gerador de Boagens Aleatórias de hoje), está processando o cineasta Woody Allen e a Sony Pictures por uma frase do filme Meia Noite em Paris.



Faulkner produziu uma das frases mais citadas de todos os tempos:
"O passado nunca morre. Ele nem mesmo é passado."
O personagem do ator Owen Wilson no (ótimo, aliás) filme de Allen tem uma fala com uma pequena variação:
"O passado não está morto. Na verdade, nem é mesmo passado".
Pronto, bastou para um processo por "danos, queda de lucros", mais custas. A Sony se defende dizendo que é "um processo frívolo".
Há uma grande ironia, porque a própria Sony é uma grande processadora por direitos autorais, mas desta vez torço por ela.

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