A revista Science publicou um estudo de um grupo de cientistas liderado pelo antropologista ambiental Douglas Kennett que, através do estudo do clima no passado, fornece a maior evidência das causas do declínio e queda da civilização maia.
A tecnologia é fascinante: em uma caverna recentemente descoberta da selva de Belize, eles estudaram milímetro a milímetro uma estalagmite previamente intocada de 56 centímetros de altura, descobrindo, através da quantidade um tipo de isótopo nela depositado, a quantidade de chuva na região de meio em meio ano. E isso num período entre o ano 40 da nossa era e agora....
Eles compararam o volume de precipitação com os grandes marcos da civilização maia e chegaram a uma conclusão inevitável: um enorme período de seca, entre o ano mil e o ano 1100, foi fatal para eles. Veja no gráfico, que contém além da quantidade de chuva (linha azul) os marcos da evolução maia:
Fica fácil de ver como eles iam bem quando havia muita chuva e como a seca de um século foi arrasadora. Pior: os sobreviventes foram novamente dizimados por uma outra grande seca ao redor do ano 1.500.
O estudo diz que as secas não provocaram apenas apenas falta d'água. Elas levaram à fome, a migrações, a guerras por territórios e a grandes instabilidades sociais. Não se sabe exatamente como foi a mortandade entre os Maias, mas há registros históricos da segunda grande seca: somente no ano de 1.535 morreram por causa dela, no México, mais de 1 milhão de pessoas de outras etnias.
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