Os coptas, cristãos egípcios, têm desde ontem um novo papa. Eles são o maior grupo cristão do Oriente, reunindo entre 6 e 11 milhões de fiéis, e vivem tempos um pouco tumultuados com o crescimento do poder do islamismo no país. Os coptas se separaram da igreja católica no ano 451 e são extremamente conservadores em questões religiosas.
O surpreendente é o método de escolha do novo papa: um menino vendado meteu a mão num vidro e tirou de lá um nome - havia três pré-selecionados.
À esquerda, o novo papa; à direita o menino que fez o sorteio e o anúncio do escolhido
O novo papa é o bispo Tawadros, 60 anos, que estudou na Inglaterra e do qual os fiéis não esperam nada de novo ou diferente - a cultura copta é deixar tudo como está. Seu antecessor, papa Shenouda III, morreu aos 88 anos e também não fez nada inesperado.
Tawadros concorria contra o bispo Raphael e o padre Raphael Ava Mina. Os três tinham sido os mais votados previamente, uma ritual de indicação de candidatos através de 2.400 oficiais da igreja.
O menino vendado que tirou o nome do novo papa já havia sido sorteado entre 12 candidatos.
Os coptas acreditam que este processo de seleção realmente deixa a escolha nas mãos de Deus. Mas, por via das dúvidas, havia um forte esquema de segurança destinado a evitar fraudes.
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