Saiu nos Estados Unidos o livro Uma Pequena História da Ciência, de William Bynum.
Só este pequeno trecho já me deixou louco de vontade de lê-lo:
"O homem que fez a revelação (do interior do corpo humano) era um anatomista e cirurgião conhecido por nós como Andreas Vesalius (1514-1564). Seu nome completo era Andreas Wytinck van Wesel. Ele nasceu em Bruxelas, onde seu pai era um médico empregado pelo imperador alemão George V. Criança inteligente, ele foi mandado para a Universidade de Louvain para estudar arte, mas decidiu mudar para a medicina.
Claramente ambicioso, ele se mudou para Paris, onde estavam os melhores professores. Durante três anos ele impressionou seus mestres. Ele também mostrava suas habilidades em grego e latim, e era fascinado por dissecação.
Uma guerra entre o Império Alemão e França o forçou a deixar Paris, mas ele introduziu a dissecação humana na Faculdade, em Louvain, antes de deixar o país, em 1537, indo para o que era na época a melhor escola de medicina do mundo, na Universidade de Padua, Itália.
Fez seus exames, passou com distinção e no próximo ano foi designado mestre em cirurgia e anatomia. Em Padua sabiam que ele era bom em uma coisa: ele ensinava anatomia fazendo suas próprias dissecações, os alunos o adoravam. Já no ano seguinte ele publicou uma série de belas ilustrações anatômicas de partes do corpo humano. Elas eram tão boas que doutores por toda a Europa começaram a copiá-las para seu próprio uso - o que muito contrariava Vesalius, já que estavam roubando seu trabalho.
Vesalius fazendo uma dissecação para estudantes na Universidade de Padua |
Isso significava que a dissecação tinha que ser feita rapidamente, de maneira que fosse possível terminar o trabalho antes que cheiro se tornasse insuportável. A barriga era feita primeiro, porque os intestinos eram os primeiros a apodrecer. Seguiam-se a cabeça e o cérebro, depois o coração, pulmões e outros órgãos na cavidade torácica. Braços e pernas eram guardados para o fim - eles duravam mais tempo."
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