sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

As grandes furadas de 2012

Buenas, 2012 foi um ano pródigo em muitas coisas, especialmente previsões fracassadas.
O que os gurus e arautos espalhados pelo planeta erraram foi uma grandeza.
Vamos conferir algumas das maiores furadas do ano.

   Sem dúvida a maior previsão fracassada foi a do apocalipse maia. Mas não culpe os maias, que não previram coisa nenhuma. Aparentemente a coisa começou com o escritor Michael Coe, que interpretou mal o calendário maia e conseguiu atenção para suas bobagens. Aí outros futurólogos de araque engataram no processo erupções solares e uma colisão com o inexistente planeta Nibiru. Deu no que deu - uma oportunidade para inventar piadas e rir bastante.

  Outra engraçada foi de Dick Morris, um especialista do ultra-direitista e sempre mentiroso canal de tevê Fox News, que previu uma "avalanche" de votos para Mitt Romney nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Pelos seus cálculos Romney venceria facilmente. Depois ele explicou que errou os cálculos e tal, mas até agora a Fox o mantém na geladeira, ele nunca mais entrou no ar. E nessa história sobrou até para o Obama. Logo após assumir, em 2009, ele declarou que sabia que só teria um mandato para realizar tudo o que queria. Foi desmentido por ele mesmo em 2012.

  O jornalista baseado em Moscou Masha Geshen escreveu em dezembro de 2011 que Vladimir Putin estava com seus dias contados como todo poderoso na Rússia. Segundo Geshen - que publicou até um livro muito vendido sobre Putin - o regime cairia ainda antes das eleições de março desse ano ou logo após. Putin deve rir muito todas as noites antes de dormir.

Na mesma linha de predição de queda de líderes, a sempre venerável revista britânica The Economist publicou em novembro de 2011 que o presidente da Síria Bashar Assad não resitiria no governo. Ele está lá ainda, sempre a ponto de cair, mas ainda no poder e ainda promovendo matanças.

Essa foi coletiva: vários jornais, revistas e canais de tevê, de Israel e dos Estados Unidos, predisseram que Israel iria atacar o Irã antes das eleições presidenciais americanas e que Obama ficaria quietinho porque assim aumentaria suas chances de reeleição. Pelo final de setembro o ataque era quase unanimemente considerado inevitável, mas os israelenses acharam mais fácil e cômodo massacrar os palestinos em Gaza.

  E sobrou até para a tia Angela Merkel nessa história de previsão fajuta. Em 27 de outubro de 2011 ela anunciou para as câmeras e microfones, lépida e fagueira, que o problema da Grécia estava devidamente equacionado, completamente resolvido. Até agora, nada.

A revista alemã Der Spiegel, sabe-se lá porque, destacou em 17 de julho que as olimpíadas de Londres seriam um fracasso. Publicou que Londres e Olimpíada eram coisas que não combinavam, que os visitantes não conseguiriam chegar aos locais das competições, que os londrinos só torciam para que tudo acabasse logo. E tivemos uma olimpíada maravilhosa, a mais assistida de todos os tempos. Mas podemos dar um desconto à revista alemã: eles não foram os únicos a duvidar. E podem ter certeza que muita gente também vai prever um fracasso do Rio em 2016.

   O escritor Gordon Chang havia previsto num livro de 2001 que o regime comunista chinês ruiria em 2011. Quando a profecia falhou, ele voltou à carga em 29 de dezembro do ano passado para admitir o erro e dizer que havia sido uma falha pequena. Na verdade, explicou Chang, "O poderoso Partido Comunista Chinês vai cair em 2012. Podem apostar nisso." Vamos ver se agora ele reforma sua previsão para 2013.


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