Nem preciso dizer a vocês qual o país com mais armas de fogo. Mas qual é o que tem menos?
O Japão. Praticamente ninguém tem armas lá. Quase todas são proibidas, e as pouquíssimas liberadas - armas de pressão ou espingardinhas pequenas de chumbinho - são difíceis de comprar e exigem um monte de testes e burocracia. Mesmo a famosa Yakuza, a máfia japonesa, usa armas brancas.
A comercialização e posse de armas de fogo foi proibida em 1971. Quem já as tinha foi autorizado a mantê-las com o compromisso de entregá-las à polícia quando o proprietário falecesse.
Os resultados dessa política são impressionantes. Em 2008 ocorreram mais de 12 mil homicídios com armas de fogo nos Estados Unidos. Foram 11 no Japão. Só as mortes acidentais com armas de fogo foram 587 no mesmo ano nos EUA.
Em 2006 apenas dois homicídios com armas de fogo aconteceram no Japão. O número subiu para 22 em 2007 e aí foi um escândalo nacional - as mortes diminuíram de lá para cá.
Comerciante de armas no Japão: armas de pressão e chumbinho, e para poucos.
Para ter uma arminha das liberadas no Japão o candidato tem que fazer um curso, passar num teste, submeter-se a teste de drogas e ainda provar sua sanidade mental. É difícil, demorado, intencionalmente burocratizado.
E o que faz quem gosta de atirar?
Aí a coisa fica engraçada: eles vão ao Hawai, onde existe um clube de tiro especialmente para japoneses. Lá eles podem atirar à vontade, dentro das leis norte-americanas. A cada tiro que dão estariam, se estivessem em seu país, cometendo três crimes: manusear uma arma, possuir balas não autorizadas e dispará-las. As penas seriam de um a dez anos de cadeia.
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