Logo após o acidente, trabalhadores com alto grau de bravura e possíveis tendências suicidas impediram que a coisa fosse ainda pior e cobriram os reatores, evitando a continuidade do vazamento radioativo, com uma espessa camada de concreto que foi chamada de o sarcófago.
Mas foi uma obra feita com muita pressa e pouca técnica. Hoje ela apresenta rachaduras e corre o risco de desabar, liberando novos vazamentos.
Há 15 anos existe um projeto para uma solução mais definitiva, mas ele só está sendo posto em prática agora, quando o perigo é iminente. Com recursos de 20 países europeus e da própria União Européia começou a construção de uma estrutura de cobertura gigantesca, com um peso de 29 mil toneladas e tão alta que a estátua da liberdade caberia lá dentro, de pé.
Tudo vai custar 2 bilhões de dólares - pouco mais de 4 milhões de reais - e deverá ficar pronto em 2015, se o velho sarcófago não desmoronar antes, o que tornaria a conclusão novamente um ato suicida para os trabalhadores. O projeto não tem similar na história da engenharia e tem a pretensão de ser o sarcófago definitivo, o que é improvável: nenhuma obra pode resistir por milhões de anos. Mas os demônios presos dentro de Chernobyl ficarão retidos pelo menos por alguns séculos. Ou menos.
A abandonada cidade de Prypat com a obra ao fundo |
Um dos arcos de sustentação da estrutura do novo sarcófago |
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