Fenômeno realmente assustador e destruidor foi o que aconteceu na região do rio Tunguska, na Sibéria, em 30 de junho de 1908.
Foi assim: um grande pedaço de rocha invadiu nosso espaço aéreo, um meteorito de aproximadamente 30 metros de comprimento. Veio a cerca de 70 mil quilômetros por hora, enfrentando a pressão da atmosfera, esquentando cada vez mais. E aí, quando estava a poucos quilômetros de altitude, a pressão venceu e a enorme rocha converteu sua imensa velocidade em calor, numa explosão gigantesca.
A bola de fogo incendiou nada menos que 2.150 quilômetros quadrados de florestas. Mas logo atrás do fogo veio a onda de choque, ainda mais poderosa: ela apagou o incêndio instantaneamente, derrubou e comprimiu contra o solo 80 milhões de árvores.
Este foi o famoso Evento de Tunguska, único na época contemporânea.
Veja uma concepção artística do que aconteceu, considerada como possivelmente bem próxima da realidade:
A região é tão remota que pesquisadores só conseguiram chegar lá para examinar as consequências depois de 20 anos. E tudo que encontraram foram quilômetros e mais quilômetros de solo calcinado e milhões de árvores transformadas em gigantescos palitos de dentes.
A terra está tão queimada que nada nunca mais nasceu por lá.
A explosão é calculada hoje como a de uma bomba atômica de 20 megatons, bem grandinha, mil vezes maior que a utilizada em Hiroshima.
Em 1953 Tunguska ainda estava assim |
Foto aérea de Tunguska em 1938 |
Certamente, existem milhões de rochas dos mais variados tamanhos passeando pelo sistema solar. Caquinhos delas atingem nossa atmosfera todos os dias.
E em algum tempo do futuro entraremos em rota de colisão com uma rocha realmente grande, 300 ou 500 vezes maior que a de Tunguska. E aí as chances de que toda a vida no planeta se extinga serão realmente muito grandes.
O que aconteceu na Sibéria em 1908 foi, na verdade, uma antevisão do fim do mundo. E os Maias não têm nada a ver com isso.
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