O escritor Daniel Coyle analisou o caso do ciclista Lance Armstrong, despojado de todos os títulos e glórias por um enorme escândalo de doping, e construiu uma analogia interessantíssima com todo o mal do sistema financeiro sintetizado em Wall Street.
"É tentador tentar explicar a queda de Armstrong pelas noções tradicionais de tentação e pecado, mas pode ser mais útil olhar para o mundo das finanças e Wall Street. Em ambos os casos uma cultura de excesso de risco levou a performances recorde e então à catástrofe. Em ambos os casos o comportamento foi regido por um conjunto distinto de forças sociais, incluindo uma cultura de vitória a qualquer preço, falta de regulamentação e a credulidade de jornalistas e público."
"De muitas formas a estrutura do ciclismo profissional parece com o pregão na Bolsa de Valores: times pequenos e bem costurados competindo diariamente, com grande intensidade, for recompensas mínimas. Um décimo de um por cento pode significar a diferença entre perder e ganhar."
"Da mesma forma que Wall Street contratou gênios das universidades famosas para construir novas ferramentas financeiras, as equipes de ciclismo contrataram médicos para produzir novas ferramentas farmacológicas."
É bom este Daniel, belíssima e bem construída analogia.
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