Cem dos principais especialistas em câncer reuniram-se na semana passada na Suíça e chegaram a uma triste conclusão: o combate ao câncer está parado e as novas drogas lançadas nos últimos anos não curam a doença. Dão uma pequena sobrevida, e só. Além disso, são todas muito caras.
Enquanto drogas antigas como o tamoxifeno (também vendido com as marcas Nolvadex, Istubal e Valodex), que já tem até sua patente vencida, continuam mostrando eficiência - no caso, contra câncer de seio -, as drogas modernas, focadas no ataque genético às origens do tumor, têm mostrado baixa eficácia. Mas os laboratórios não têm interesse em drogas antigas, mesmo que eficazes, se a patente não é deles.
Os médicos devem lançar um documento com vários alertas, resultado do encontro, no início de 2013. E já alertam: "Com as novas drogas o câncer sempre volta, como que se vingando".
Eles denunciam que os laboratórios só pensam em lucros e por isso se recusam a promover testes de seus medicamentos em combinação com outros, sobre os quais eles não detêm as patentes.
Os médicos vão propor um grande plano de ataque ao câncer de maneira global, incluindo as nações pobres. E dizem que no Canadá nove entre dez crianças com leucemia são curadas, enquanto nas nações pobres nove entre dez morrem. Sua proposta inclui um longo trabalho de informação, prevenção e tratamento precoce.
Mas, por enquanto, o cenário é desanimador.
Se estamos vencendo a guerra contra o câncer? Douglas Hanahan, do Instituto Suíço de Pesquisa Experimental sobre o câncer, responde:
"De modo geral, e contra a maior parte dos cânceres em humanos, a resposta é claramente não."
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