segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Uau! Uma santa indígena!

A igreja católica tem mais de 3 mil santos.  Não tem mais data para tanto santo.
Amanhã, 23 de outubro, por exemplo, é dia de São João de Capistrano, mas também de Santo Allucio, Santo Amo, São Benedito de Sebaste, Santa Elfleda, São Oda, São Severino, São Verus e alguns outros.
Mesmo assim sempre há lugar para mais um santo, se for conveniente. Ainda ontem, 21 de outubro, entre um punhado de outros promovidos à santidade, o Paba Bento canonizou Kateri Tekakwitha,  a primeira santa indígena norte-americana.
Bom golpe de RP, sem dúvida, até porque os indígenas dos EUA estão explorando bem suas terras, com cassinos, hotéis e outras coisas, e fazendo um bom dinheiro. Agradá-los é útil...
Tekakwitha morreu em 1680, aos 24 anos, depois de sobreviver à varíola na infância, ter um filho muito jovem, converter-se ao cristianismo, ingressar numa comunidade religiosa e - dizem - ter eliminado as marcas de varíola de seu rosto através da oração.




Ninguém sabe como era a Tekakwitha, aí a imaginação produz várias versões

Tentam santificá-la desde 1844 mas ela só teve um  milagre reconhecido em 2006: um menino, meio indígena, contraiu uma infecção por uma bactéria comedora de carne e foi curado, segundo a família, por orações a Tekakwitha. É irônico: a mesma religião que condenou e perseguiu os indígenas por sua fé diferente, além de levar a eles doenças como a da própria Tekakwitha, agora avança numa espécie de reconciliação.
Segundo uma fonte da Igreja, "Tekakwitha pertence aos nativos que foram eliminados e privados de muitos direitos nos Estados Unidos e no Canadá."

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