quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Tango, um santo remédio



Amelia Rachel Hokule é uma psicóloga clínica baseada no Havaí que pratica e estuda terapia de casais. E foi, com sua parceira, passar três meses em Buenos Aires para conferir o que é que o tango faz.
"Buenos Aires, conta ela, é a capital da psicanálise. A piada aqui é que existem dois psicoanalistas para cada argentino. Uma sessão custa o mesmo que duas taças de café, os motoristas de táxi querem discutir seu sonhos e há um instituto lacaniano em cada esquina." Mas seu negócio lá era uma terapia alternativa,  dançar tango.
Então ela e a parceira foram aprender. Deram duro, tropeçaram até conseguir o equilíbrio buscado numa terapia de casal, onde há o Eu, o Tu e o Nós. O tango propicia essa construção.
O tango, conta a Amelia, pode ser viciante, uma obsessão. "O corpo manda e a mente quer mais."
O resultado: ela e a parceira adoraram e ficaram mais felizes. E conta que a Associação Internacional da Terapia com Tango (sim, isso existe) define a dança como um remédio para coisas como depressão, trauma, Alzheimer e Parkinson. Eles têm estudos e casos para comprovar.
Um desses estudos, feito na Alemanha, mostrou que os níveis de testosterona aumentam e os de cortisol (um hormônio relacionado ao stress) caem tanto em homens quanto em mulheres depois de dançar tango. E não há contraindicações em função da idade: em Buenos Aires, revela a extasiada Amelia, as casas de dança estão cheias de casais idosos.
Vamos todos a Buenos Aires bailar...

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