Fundada há 126 anos, a Avon é um dos raros casos de empresa de enorme longevidade e sucesso constante.
Seus produtos estão no mercado em mais de 100 países, sua base de clientes é 300 milhões de pessoas. Quatro batons da Avon são vendidos a cada segundo, duas de cada cinco mulheres do planeta compraram algum produto Avon no ano passado.
Desde 1998 a empresa se autointitula "a companhia para as mulheres", e com razão: praticamente toda sua clientela é do sexo feminino, e da sua enorme força de vendas - 6,5 milhões de pessoas - 99% são mulheres.
No ano passado as vendas da Avon cresceram um modesto 1%, normal na conjuntura econômica atual, mas na África do Sul o crescimento foi de 30%.
O legado do apartheid ainda está lá, o desemprego anda alto, uma em cada quatro pessoas não encontra ocupação formal. As mulheres negras estão na base da pirâmide, empregos para elas simplesmente não existem. E vender Avon, para elas, é uma questão de sobrevivência ou de custear estudos.
O Brasil já teve, há muitos anos, um boom Avon similar, igualmente com mulheres buscando renda extra. E na Amazônia o mesmo fenômeno ainda sobrevive. O que é bom, porque os produtos Avon têm qualidade e preços decentes - eles não só melhoram a situação econômica das vendedoras como aumentam a autoestima das consumidoras.
Não, isto não é um post patrocinado.
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