quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A incrível epopeia do tico de Napoleão


Napoleão Bonaparte morreu, vítima de câncer de estômago, na Ilha de Elba, em 1821.
Seu médico, doutor Francesco Antommarchi, fez a autópsia e retirou vários órgãos internos do cadáver, guardando-os em vidros com álcool. Descobriu-se depois que ele havia cortado tudo em pedacinhos e vendido para fãs de Napoleão, ganhando uma bela grana, até porque o imperador não gostava dele e não o incluiu em seu testamento.
Mas um parte não ficou com o médico: sabe-se lá porque o capelão do ex-imperador, abade Ange Vignali, exigiu ficar com o pênis do defunto, também preservado num vidro com álcool.
A - digamos - peça anatômica ficou na família do abade até 1916, quando foi leiloada em Paris, descrita como "um tendão mumificado do corpo (de Napoleão) retirado durante o post mortem."
Um colecionador britânico comprou o tico que, por um desses azares da vida, ficou durante um período exposto ao ar e encolheu consideravelmente.
Em 1924 o norte-americano A.S.W Rosenbach comprou a coisinha e a levou para Philadelphia, onde exibia a peça durante convescotes sociais. Por um breve período ele emprestou sua posse ao Museu de Arte Francesa de Nova Iorque, onde ficou exposta sobre uma pequena almofada de veludo. O New York Times descreveu o tico como "um maltratado cordão de sapato enrolado ou uma lesma encolhida", o que deve ter enchido de complexos o espírito do finado imperador.

Napoleão: oh, destino infausto
Tentaram leiloar o mini-pênis em 1969, sem sucesso. Mas em 1977, em novo leilão, um urologista norte-americano chamado John K. Lattimer comprou-o por cerca de 2.900 dólares.
Ele passou o tico por um raio xis, confirmando que sim, aquilo era um pênis humano.
Aí o ex-orgulho de Napoleão ficou dentro de uma valise, embaixo da cama do médico, até sua morte em 2007. Sua filha herdou o pênis e já recusou uma oferta de 100 mil dólares por ele. Até agora ela só o mostrou a uma pessoa, que completou a humilhação com esta descrição:  "Pequeno, do tamanho de um dedo de bebê, pele branca e carne bege."
Oh, destino inglório!


Nenhum comentário:

Postar um comentário